quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MIELOMENINGOCELE

Mais conhecida como Espinha Bífida, é uma malformação cogênita da coluna vertebral da criança, dificultando a função primordial de proteção da medula espinhal, o qual funciona como uma "ponte" de comunicação entre o cérebro e os nervos periféricos do corpo humano.
As malformações esperadas podem ser detectadas ainda intra-uterinamente, através da ultra-sonografia e de achados de elevados níveis séricos maternos de alfafetoproteína - AFP.
A espinha bífida pode ser classificada de três formas:


  • ESPINHA BÍFIDA OCULTA: caracteriza-se por fechamento incompleto das lâminas de uma ou mais vértebras sem protusão do conteúdo intra-espinal na superfície, e, por falta de cisto perceptível, pode haver defeitos cutâneos, déficit neurológico e displasia da medula espinhal.




  • MENINGOCELE: caracteriza-se pela falta de fusão dos arcos vertebrais com saco meningeo visível ao longo do eixo raquidiano. O saco contém LCR, duramáter e aracnóide, mas com ausência do tecido nervoso.




  • MIELOMENINGOCELE: caracteriza-se pela falta de fusão dos arcos vertebrais com distensão cística das meninges e existência de tecido nervoso dentro do saco meníngeo.




A causa da mielomeningocele é desconhecida, acreditando-se que seja deficiência de ácido fólico.
A protusão da medula espinhal e das meninges prejudica a medula espinhal e as raízes nervosas, causando uma diminuição ou falta de função das partes do corpo controladas pelo defeito ou abaixo dele. A maioria do defeitos ocorre na região lombar inferior ou na região sacral das costas, pois esta área costuma ser a última parte da coluna a se fechar.
Os sintomas incluem:
  • Paralisia total ou parcial das pernas;
  • Falta de sensibilidade parcial ou total;
  • Perda de controle da bexiga e dos intestinos.
Acredita-se que a mielomeningocele provém de: antecedentes familiares de malformação, alterações na formação do tubo neural, anencefalia e hidrocefalia.
Acomete de 2 a 3 em cada 1000 nascimentos, sexo feminino, cor branca, classes menos favorecidas, primeiro nascimento e a partir do quarto filho, mães jóvens ou idosas.

EXAMES COMPLEMENTARES

  • Raio X
  • Tomografia Computadorizada
  • Ultra-sonografia
  • Ressonância Magnética

TRATAMENTO CLÍNICO


Baseia-se na técnica cirúrgica precoce, visando o fechamento da mielomeningocele ou saco meníngeo dentro das primeiras 48 horas de vida e realização da derivação licórica tão logo se notem os primeiros sinais de hidrocefalia.






TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO


Os objetivos da fisioterapia podem ser resumidas em: promoção das habilidades físicas que levam a independência, aquisição da mobilidade independente, seja deambulando ou através de cadeira de rodas e prevenção da instalação de deformidades. A anamnese é de suma importância e deve ser realizada tão logo seja possível.



O tratamento deve começar imadiatamente e segundo Stokes (2000), pode ser dividido de acordo com as fases da vida do indivíduo:

  • Fase neonatal;
  • Período pré-escolar;
  • Período escolar;
  • Adolescência;
  • Fase adulta.
É muito importante que a equipe multidisciplinar incumbida de dar assistência a esses pacientes, disponha-se a tornar a vida deles o mais agradável possível, amenizando os danos aos quais estão suscetíveis. Partindo do princípio de que se tenha um conhecimento amplo a respeito da fisiopatologia da doença, bem como as manifestações advindas com ela.

VEJA O VÍDEO SOBRE MIELOMENINGOCELE



4 comentários:

  1. Muito bom essa matéria. Conheço uma criança que tem essa patologia e vive muito bem! Apenas não consegue andar. Parabéns. beijos!!

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  2. Adorei a materia, gostaria de encrementa-la mais, falando que ja existem pesquisas na qual observam se a mielo é causa também por um fator ambiental. Uma pesquisa realizada pela AACD provam que cidades como Cubatão em SP e Ipatinga em MG, tem um historico elevado de mielo. Isso pode ser causado pela poluíção das usinas. Vale lembrar também que mãe que carregam filhos com mielo não podem ter parto nomal. E que mielo não é uma " patologia " padrão, ou seja, não tem ainda um "padrão" de crianças com mielo, cada uma tem sua má formação, seja interna ou externa, pés atrofiados ou não, beixiga neurogenica ou não. Porém 99% das crianças com mielo apresentam Hidrocefalia. É só! KKKK Parabens pelo trabalho realizado, estou adorando as reportagens, e comentei nessa pois faço parte deste cotidiano.Tenho um irmão com Mielo, que tem suas restrições mas vive muito bem.

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  3. Obrigado Laaieh pelo comentário, serviu muito. Logo que postamos, pensei em vc e seu irmão. É um tema meio complexo ainda, mas muito interessante. Boa sorte pra vc no seu dia-a-dia. beijos

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  4. Nossa, muito intessante essa matéria, já conhecia um pouco sobre a patologia.Pois minha mãe da aula na apae da minha cidade e para cadeirantes. Parabéns pelo blog queridos está super bacana!

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