quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Alongamentos em idosos


O QUE É ENVELHECIMENTO:

O processo de envelhecimento pode ser definido com um declínio das funções do corpo que ocorre de maneira gradual e contínua, não podendo ser definido o seu começo. Este processo é variável entre indivíduos e entre os diversos sistemas que o compõe.
No Brasil é considerado idoso aquele indivíduo com 60 anos ou mais, todavia, em países desenvolvidos a idéia limite para se tornar idoso sobe para 65 anos. À medida que a expectativa de vida aumentou e a taxa de fertilidade reduziu o contingente de idosos na população mundial cresceu consideravelmente.
É importantíssimo que os serviços de saúde entendam este processo do envelhecer e como lidar com ele para que esteja preparado para uma população de idosos e todas as necessidades de atenção que eles têm.

O QUE É FLEXIBILIDADE:

Flexibilidade pode ser definida como a habilidade de mover uma articulação pela amplitude de movimento esperada sem causar estresse á unidade musculoesquelética. Esta depende da elasticidade muscular, capacidade de distensiabilidade dos ligamentos e tendões, maleabilidade da pele e tolerância à dor.
Alguns fatores intrínsecos e extrínsecos influenciam a flexibilidade. São eles: período do dia, temperatura ambiente, gênero, idade e, para os atletas, especificidade do treinamento e situação do atleta.
A magnitude de flexibilidade pode ser proporcional à idade de um indivíduo. Assim, quando há uma redução da flexibilidade durante o processo de envelhecimento, pode ocorrer uma perda parcial da independência dos movimentos, evoluindo para uma perda total dessa independência com o aumento da idade.
A perda da flexibilidade tem sido relacionada às alterações biológicas associadas à idade, rigidez e atrofia muscular, diminuição da elasticidade, aumento do colágeno tipo 1 e reorganização das unidades motoras.
Dessa forma, a obtenção de uma boa flexibilidade, através da realização de exercícios de alongamento muscular, é frequentemente um objetivo terapêutico comum no tratamento de indivíduos idosos.
A perda de flexibilidade vem sendo relacionada com: Alterações biológicas associadas á idade; rigidez e atrofia muscular; formação de osteófitos; diminuição da elasticidade; aumento do colágeno tipo 1 e reorganização das unidades motoras e a artrose. Os movimentos articulares que mais diminuem com o aumento da idade cronológica são: rotação da coluna cervical; flexão de quadril; flexão e extensão de joelho e flexão e abdução do ombro.

 
TIPOS DE ALONGAMENTOS

Os tipos de alongamento muscular podem ser classificados da seguinte maneira:
Alongamento estático: quando uma força relativamente constante é aplicada vagarosa e gradualmente até um ponto tolerado pelo paciente e mantida por um curto período de tempo, pode ser realizado por uma força ativa, por um fisioterapeuta, ou ativa, pelo próprio indivíduo, desde que haja um relaxamento muscular na posição alongada.
Alongamento balístico: usa o balanço rítmico e rápido de um segmento corporal para alongar vigorosamente o músculo. Seu uso clínico é pequeno e controverso, já que a produção de tensão rápida e intensa pode desencadear o reflexo miotático, havendo o risco de ruptura tecidual.
Técnicas de PNF: Leva a uma estimulação dos proprioceptores musculares, usando o princípio da inibição recíproca e causando uma resposta neuromuscular. Normalmente envolve contrações isométricas do músculo a ser alongado seguidas por um alongamento estático passivo ou ativo.
Alongamento pela contração muscular excêntrica: o paciente mantém uma contração isométrica do músculo a ser alongado que é superada por uma força externa e convertida em uma contração excêntrica da amplitude total do músculo alongado.
Alongamento global: alonga vários músculos simultaneamente, é organizado em cadeias musculares e leva em consideração a idéia de que um músculo encurtado gera compensações nos músculos próximos ou distantes.

INDICAÇÕES:

As indicações clássicas da realização do alongamento muscular incluem a prevenção de lesões, melhora da flexibilidade e do desempenho atlético e aplicação como coadjuvante na reabilitação de lesões musculoesqueléticas.
Em idosos, onde o sedentarismo pode se tornar acentuado, a prática de atividade física bem orientada e realizada regularmente traz inúmeros benefícios, como maior longevidade, redução das taxas de morbimortalidade, redução do uso de medicamentos, prevenção do declínio cognitivo, redução da freqüência de quedas e fraturas, manutenção da independência e autonomia e melhoras psicológicas.
A realização de alongamentos é indicada quando o objetivo é aumentar a amplitude de movimento, que pode estar comprometida devido o aumento do tecido. Conjuntivo e da rigidez muscular e a diminuição da elasticidade que pode ocorrer no processo de envelhecimento.

SELEÇÃO DA TÉCNICA:

A técnica de alongamento estático, realizada de forma passiva ou ativa, é a mais confortável para esta população e apresenta resultados eficientes no aumento da amplitude de movimento e flexibilidade.
O alongamento estático ativo é recomendado principalmente nas ocasiões em que a posição do paciente favorecer o uso do peso corporal para a manutenção do alongamento. Em outros casos, sugere-se que a forma passiva de alongamento estático seja mais confortável.
Porém nenhumas das outras técnicas mostrada anteriormente está  completamente contra-indicada, ficando a escolha a critério do fisioterapeuta, que deve considerar os objetivos do paciente e maior conforto ao mesmo.

FREQUENCIA E TEMPO DE MANUTENÇÃO:

Estudos indicam que 30 segundos de alongamento estático são suficientes para aumentar a amplitude de movimento dos músculos isquiotibiais realizado 1 vez por dia em indivíduos adultos jovens.
O tempo de manutenção em idosos deve ser de 60 s, considerando que, com a idade, há um declínio da mobilidade articular que pode ser melhorado com a prescrição de alongamentos de maior duração. Além disto, esta duração pode ser benéfica contra o aumento da rigidez muscular e deposição de colágeno que acompanha o processo de envelhecimento.




Falar em alongamentos e exercícios físicos na terceira idade é falar em melhor qualidade de vida.




 "Não importa se a estação do ano muda... Se o século vira, se o milênio é outro. Se a idade aumenta... Conserva a vontade de viver, Não se chega a parte alguma sem ela."  ( Fernando Pessoa )



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mais uma conquista da FG


A Faculdade Guanambí vem evoluindo cada vez mais na sua missão de trazer ao sudoeste baiano um ensino de qualidade. Na última sexta-feira, 12 de agosto de 2011, mais uma conquista da FG, mantida pelo Centro de Educação Superior de Guanambí (CESG), foi concretizada. A FG inaugurou o seu Centro de Saúde. De caráter teórico/prático, este centro torna-se um local onde as aulas práticas de determinadas disciplinas e os estágios supervisionados serão ministrados, dando ao acadêmico a oportunidade de estar inserido na comunidade, devolvendo-lhe em forma de tratamento uma mínima parte do conhecimento adquirido dentro da instituição.
O Centro de Saúde da Faculdade Guanambí é equipado com um ambulatório de fisioterapia e um consultório para nutricionistas, que atenderão pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de alguns convênios, entre eles o PLANSERVE, BRADESCO, entre outros.  Além de toda estrutura necessária á realização das práticas o Centro conta com salas de aula onde serão ministrados conteúdos teóricos, no intuito de tornar mais próximo a relação entre a teoria e a prática, vertentes inseparáveis do processo de aprendizagem acadêmico.
A FG se mostra determinada a melhorar o ensino nesta região da Bahia tão carente de oportunidades.  Contando com cursos reconhecidos com notas excelentes pelo MEC, ela vai aos poucos galgando seus degraus na escada para o sucesso. Ainda falta muito que percorrer, apesar da conquista deste Centro e do Laboratório de Biomedicina, inaugurado tempos atrás, os trilhos do sucesso não param. O que nos resta agora é usufruir deste serviço e esperar por novidades. Faculdade Guanambí, estude perto, chegue longe!!!
Para mais informações acessem: FG ACONTECE
 
Por: Alessandro Santos

sábado, 6 de agosto de 2011

SÍNDROME DO PIRIFORME

             
Definição:

É a consequência da compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme na sua saída da pelve para a região glútea.
O piriforme é um músculo pequeno e profundo, em formato de pêra, originando-se na face anterior do sacro, insere-se no trocanter maior do fêmur e tem como função a rotação externa da coxa.
O nervo ciático passa debaixo deste músculo, mas em algumas pessoas (10%) ele passa através dele, o que aumenta a predisposição para a síndrome.
O termo SÍNDROME DO PIRIFORME foi usado pela primeira vez por Robinson, em 1947. Ele chamou-a de síndrome porque listou 6 achados que compunham o quadro clínico.
  1. História de trauma na região sacro-ilíaca e glútea;
  2. Dor na região sacro-ilíaca, escoltadura ciática maior e piriforme que desce para a coxa e provoca dificuldades de caminhar;
  3. Aumento da dor quando o paciente que estava sentado fica em pé;
  4. Aumento palpável e doloroso de volume;
  5. Dor ao elevar o membro inferior com o joelho estendido e o paciente deitado de costas ( sinal de Lasegue);
  6. Atrofia glútea, dependendo da duração dos sintomas.
O "teste do piriforme" ´de grande valor diagnóstico e consiste em resistir à rotação lateral do quadril. É positivo quando o paciente refere dor. Podem também ser solicitados, dependendo do caso, exames complementares como ressonância magnética, ultrassonografia, radiografia e eletroneuromiografia.

Caso o nervo ciático esteja muito irritado ou inflamado, o tratamento inicial pode ser calor superficial, tens, iontoforese, laser, repouso e analgésico. Um leve estiramento pode ser realizado posteriormente em posição de decúbito lateral ou em posição sentada. Os exercícios de contrair-relaxar realizados em decúbito ventral também são efetivos no relaxamento do músculo piriforme (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva). Os estiramentos realizados pelo próprio paciente também são de grande importância ao tratamento. A massagem de fricção transversa profunda também é efetiva no tratamento da tensão do músculo piriforme.





Alguns exercícios:


 
Por Heitor  Machado