terça-feira, 7 de junho de 2011

Quedas em Idosos







Hoje o nosso tema é sobre quedas em idosos. Trago esse tema essa semana por conta do grande número de ocorrências que chega à Clínica-escola da Faculdade na disciplina de Geriatria. Por conta desde fato, venho por meio deste, orientar não só os idosos, como também seus familiares e cuidadores, pois são nos pequenos detalhes que vêm os grandes problemas.
Muitos idosos têm medo de cair. Esse medo aumenta quando a pessoa envelhece, e aumenta ainda mais naquelas que já sofreram quedas anteriormente. Isso pode fazer com que o idoso tome medo de fazer suas atividades diárias como: andar, passear, tomar parte em atividades sociais.
5 - 10% dos idosos sofrem lesões severas e no maior número dos casos ocorre fratura de quadril.

Quais as consequências dessas quedas?
  • Redução das atividades
  • Restrição da mobilidade
  • Piora da qualidade de vida
  • Medo de cair.
Quais são os fatores de risco? (modificáveis e não-modificáveis)
  • Idade avançada (80 anos e mais)
  • Sexo feminino
  • Déficit cognitivo
  • Doença de Parkinson, osteoartrite de quadril e joelhos, depressão e AVE.
  • Limitações visuais
  • Distúrbios de marcha ou equilibrio com mau prognostico de reabilitação
  • Quedas anteriores
  • Equeilibrio e marcha
  • Imobilidade e fraqueza muscular
  • AVD
  • Polifarmácia
  • Medicamentos psicoativos
  • Isônia
O que deve ser corrigido dentro de casa para evitar as quedas?
  • Ambientes mal iluminados
  • Condições do piso
  • Tipo do piso
  • Tapetes (sempre escorregam)
  • Altura da bacia sanitaria
  • Animais de estimação
  • Móveis inadequados
  • Escadas
  • Iluminação noturna
  • Sapatos escorregadios
  • Presença de fios elétricos ou extensões de telefone, obstruindo à passagem
  • Objetos úteis de difícil acesso.
Embora quedas possam acontecer em qualquer lugar, mais da metade delas acontecem em casa. Quedas em casa geralmente acontecem quando a pessoa está executando atividades normais do cotidiano.
Então, tome sempre cuidado com esses detalhes. Se precisar de algum objeto que está em algum lugar alto, chame outra pessoa para pegar.
A prevenção é o melhor remédio.


Espero que gostem desse aviso e que diminua o número de quedas em idosos.

Por: Heitor Machado

sexta-feira, 3 de junho de 2011

CONDROMALÁCIA PATELAR OU DOR FÊMURO-PATELAR

Olá caros leitores, hoje vamos falar sobre condromalácia patelar, patologia que vem atingindo um número grande de pessoas.


A Condromalácia patelar consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores.
A condromalácia patelar refere-se ao joelho que foi estruturalmente danificado, enquanto que o termo mais genérico síndrome da dor patelo-femural se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos. Porém, eventualmente, mudanças causadas por reações inflamatórias internas da cartilagem produzem um dano estrutural muito mais difícil de ser tratado.

GRAUS E CARACTERÍSTICAS
  • I - amolecimento da cartilagem e edemas
  • II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm diâmetro
  • III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm
  • IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral


SINTOMAS

Os principais sintomas são: dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, muitas vezes restringindo atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela, ocorrem principalmente quando o joelho é flexionado - como ao subir escadas ou agachar-se, por exemplo. Uma ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, também é um sintoma comum na condromalácia patelar, além de crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. É possível também a presença de derrame intra-articular (edema).

CAUSAS

A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômico, histológicos e fisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida.
O fator mais comum é o traumatismo, seja por um trauma crônico por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur - por onde ela passa durante a flexão do joelho - em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, exercícios em step, agachamentos ou leg press, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por um trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre um objeto, e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.

Aqui, vão algumas recomendações:

  • Excluir exercícios e esportes de alto impacto (futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo) ou atividades suspeitas de causarem a lesão. Natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho.
  • Reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto. É especialmente importante reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo.
  • É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro. Peça ao profissional para demonstrar. Evite a sobrecarga.
  • Alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente. Não esquecer de alongar bem antes e depois dos exercícios.
  • Colocar gelo no joelho após os exercícios.
  • Evitar subir e descer escadas.
  • Garantir lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.
  • Manter boa postura e evitar cruzar as pernas por longos períodos.
  • Não sentar sobre as pernas com o joelho em hiperflexão.
  • Quando estiver deitado, não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados e as patelas no lugar.
  • Usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios.
  • Evitar aplicar peso excessivo na articulação afetada, perdendo peso se necessário.
  • É imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um ortopedista, fisioterapeuta, para receber o tratamento correto. Jamais faça exercícios em academias sem a assistência de um professor de educação física. As orientações dadas aqui podem ser excluídas com o tempo.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico mais detalhado é feito, normalmente, através de um exame de Ressonância Magnética e em vários casos é recomendado o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e até mesmo cirurgia (casos mais graves).
Caso se trate de doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor.
O fortalecimento do quadríceps é primordial, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar


Espero que essa matéria lhe ajude em seus conhecimentos. Até em breve com novas matérias!!
Por Heitor Machado.