terça-feira, 30 de abril de 2013

Dor Crônica, impacto sobre a sua qualidade de vida


A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) lançou no Brasil a Campanha Mundial Contra a Dor Musculoesquelética. A iniciativa faz parte de uma ação de comunicação mundial com foco no tratamento da dor crônica e na melhoria da funcionalidade, sendo idealizado pela International Association for the Study of Pain (IASP). Esta campanha global visa a divulgação de forma ampla dos mais diferentes tipos de dores musculoesqueléticas, como: osteoartrites, artroses, fibromialgia, dores lombares, cervicais, lombociatalgias, LER (lesão por esforço repetitivo) / DORT (distúrbios osteo-musculares relacionados com o trabalho), síndrome dolorosa miofascial, tendinites, bursites, entre outras.


Medicina Física e Reabilitação em Pacientes com Dor Crônica.


A dor é a segunda causa de procura por assistência médica e corresponde a 80% das consultas dos profissionais da área de saúde. O impacto biopsicossocial e o sofrimento humano são incalculáveis. Considerada um problema global e complexo que envolve sofrimento desnecessário, incapacidade progressiva e custo socioeconômico relevante, pode estar associada a continuidade da doença, ou mesmo persistir após a recuperação da doença ou lesão.
Embora seja consensual a relação entre saúde e qualidade de vida e sua importância na promoção de saúde o termo qualidade de vida é um conceito vago, porém, entende-se qualidade de vida como uma condição de bem estar físico (corpo), social (economicamente) e emocional (mental). Como para muitos, a presença de um quadro álgico persistente, ou simplesmente a dor crônica pode comprometer a qualidade de vida, gerar sofrimento, incertezas, medo da incapacidade e da desfiguração. As perdas materiais e sociais são incalculáveis e as limitações para o bom desempenho das atividades físicas, profissionais e sociais são freqüentes. A dor crônica também pode alterar o afeto, o ritmo de sono, o apetite e o lazer. A incapacidade gerada pela dor crônica pode também induzir à perda de identidade na família, no trabalho e na sociedade e modificar as aspirações e os objetivos da vida dos indivíduos.
De todas as dores que acometem o ser humano ao longo da sua existência, as dores musculoesqueléticas são as mais prevalentes. Podem ser conseqüência de sedentarismo, alterações posturais ou decorrência de esforços repetitivos no trabalho. Acometem 40% da população e causam 29% das faltas no trabalho. Os prejuízos econômicos em função das dores musculoesqueléticas só ficam atrás de doenças cardio-vasculares. As dores lombares são as maiores causas de incapacidades. Algumas síndromes dolorosas são mais prevalentes no sexo feminino, a exemplo da fibromialgia ou mesmo tendinites.
Existem diversas formas de tratamento que auxiliam no combate à dor crônica, entretanto o objetivo primário é a melhora ou manutenção da funcionalidade do individuo promovendo bem estar e melhora na qualidade de vida. Este tratamento é realizado pela equipe multiprofissional e interdisciplinar, definida como atuação de vários profissionais de diferentes áreas com um objetivo comum. Para a realização adequada do tratamento, devem-se levar em conta dois segmentos básicos: o tratamento medicamentoso (realizado através do acompanhamento médico) e o tratamento não-medicamentoso (realizado pelo acompanhamento fisioterapêutico, psicológico, dentre outras). Terapêutica esta que se mostra mais eficaz que qualquer modalidade de tratamento realizada isoladamente. Este time de profissionais consegue reduzir a dor em 14% a 60% dos pacientes e aumentar em 65% a funcionalidade dos mesmo que permaneciam sedentários pelas dores crônicas.
A educação dos indivíduos afetados, seus familiares e da sociedade como um todo com o objetivo de evitar a automedicação é imprescindível para o sucesso do tratamento das dores persistentes. O brasileiro tem um péssimo hábito, o da automedicação. O paciente deve ser orientado e estimulado a ter um papel ativo no seu autocuidado. O apoio psicológico, assim como o importante trabalho exercido pelo fisioterapeuta através de programas de exercícios direcionados e a utilização de meios físicos que complementam o trabalho de reabilitação devem ser orientados em combinação com a prescrição de medicações comprovadamente efetivas para o tratamento das dores crônicas.
Estudos demonstram que a reabilitação física exercida através da fisioterapia contribui diretamente com a melhora da funcionalidade, aumentando a satisfação do paciente e tornando os aspectos de saúde relacionados à qualidade de vida mais evidente. Isso tudo ocorre porque o contexto do tratamento fisioterapeutico não está relacionado apenas à região do corpo a ser tratada e sim o paciente como um todo, oferecendo a manutenção do sistema cardiovascular, melhorando a flexibilidade muscular, minimizando estados de rigidez articular, melhorando a força muscular global, além das orientações e medidas de correção postural.
Procure sempre um profissional qualificado e invista em saúde!


Por Cristian Coutinho

Postado originalmente em: http://www.lerman.com.br/_img/materia3.pdf

quinta-feira, 25 de abril de 2013

UM CONVITE AO ALONGAMENTO DIÁRIO


O alongamento muscular dá a esta estrutura uma maior elasticidade, redução das tensões, promove o relaxamento, previne lesões e ativa a circulação sanguínea no local. Tantos efeitos positivos devem ser vivenciados diariamente dentro do ambiente de trabalho, e podem ser aliados no combate aos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e ás Lesões por Esforço Repetitivo (LER). E aonde isto irá levar? Á uma maior produtividade, menores dores ao funcionário, menor absenteísmo e menor rotatividade que refletirão em maiores ganhos e maior qualidade de vida.
Cada alongamento deve ser feito por volta de 15 a 20 segundos de duração, com uma respiração pausada, inspirando pelo nariz e expirando pela boca lentamente. Abaixo seguem alguns exemplos de alongamentos para serem feitos no dia-a-dia.




























Incorpore esta série de exercícios em seu dia e melhore a sua vida