quinta-feira, 31 de março de 2011

Luxação Congênita de Quadril (LCQ)

                                                       


Luxação ou Displasia Congênita do Quadril (LCQ) é a perda do contato da cabeça do fêmur com o acetábulo. Esta luxação ocorre tanto antes, como depois do nascimento, e se não diagnosticada, ou tratada inadequadamente, o paciente terá um defeito físico para o resto da vida.
Não se sabe muito a respeito, mas admite-se que três fatores estejam relacionados à sua causa.

1. Genético: a flacidez ligamentar predisponente;

2. Hormonal: devido à liberação do hormônio relaxine pelo útero fetal, em resposta à presença de estrógenos e progesterona na circulação fetal;

3. Mecânico: posicionamento intra-uterino, nascimento de nádegas.

Na luxação persistente o acetábulo é raso e pode ser preenchido por tecido fibroso e adiposo. Como resultado disso, a cabeça do fêmur é deslocada para cima e lateralmente ao acetábulo e, pela pressão exercida no osso ilíaco, pode fazer uma depressão nesse osso formando uma pseudocavidade.

Os ligamentos podem estar estirados, devido ao deslocamento da cabeça femoral. A cápsula se alonga à medida que a cabeça femoral se desloca para cima. O rebordo fibrocartilaginoso está, freqüentemente, dobrado para dentro da cavidade acetabular e isso pode impedir a redução da luxação.

As alterações musculares ocorrem quando o tratamento inicial não teve sucesso, os músculos psoas, adutor e os da face posterior da coxa sofrem encurtamento.

A luxação pode ser devida também ao excesso de mobilidade das articulações (Rose, 1986).
As características clínicas não são muito óbvias até que a criança comece a andar, então nesta face deve-se observar a assimetria das pregas glúteas, o encurtamento de um membro e a abdução limitada em flexão. Se a luxação for bilateral pode ser mais difícil o diagnóstico, mas se observarmos o períneo iremos notar que ele é mais largo que o normal e a lordose pode ser notada precocemente.

No recém-nascido, duas manobras podem dar o diagnóstico de LCQ:

*Manobra de Ortolani - consiste em uma sensação tátil, um "click", sentido pelo examinador quando se faz a abdução das coxas a partir de uma flexão de joelho e quadril. Esta sensação significa o encaixe da cabeça do fêmur com o acetábulo.
* Manobra de Barlow - serve para determinar se há instabilidade de quadril, e consiste em provocar ativamente o deslocamento femoral unilateral então, o "click" acontece.

TRATAMENTO

Via de regra o tratamento é conservador. A cirurgia pode ser indicada, quando o tratamento conservador fracassar. O objetivo do tratamento visa repor a luxação e manter esta reposição, causando o menor traumatismo possível a cabeça do fêmur e aos tecidos moles adjacentes à articulação coxofemoral.

TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO

O tratamento fisioterápico durante a utilização do aparelho de fixação (gesso), consiste em tentar fazer isometria da musculatura dos MMII dentro do próprio gesso, e trabalhar o tronco com flexão, extensão e lateralizações. Após a retirada do aparelho de fixação, fazer mobilização ativa, combinado com exercícios de reforço e reeducação da marcha. É possível, que a criança tenha receio de movimentar-se após o tempo gessado, sendo aconselhado à hidroterapia, com os exercícios de apoio sobre os pés (marcha, saltos), e com exercícios para as pernas, estando a criança sobre uma prancha, com intenção de estimular as atividades funcionais corporal. O treinamento da marcha pode ser iniciado assim que a criança conseguir ficar de pé, com os membros inferiores em alinhamento relativamente normal.




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Até a proxima caros leitores!!!




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