sábado, 8 de dezembro de 2012

Usar ou não andadores?




Hoje nossa conversa é sobre um assunto que muitas pessoas não conhecem. O andador dá à mãe a tranqüilidade de ver sua criança “protegida” e ao mesmo tempo aprendendo a dar os primeiros passos. Mas será que ele realmente faz o que promete ou é um vilão do desenvolvimento motor da criança?
Para uma criança começar a dar os seus primeiros passos, por volta dos 12 meses de idade, ela passa por um processo gradual aonde vai ganhando habilidades necessárias ao ato de caminhar. Assim, a criança primeiro aprende a rolar, depois a sentar-se, engatinhar, ficar em pé e só depois começar a andar.
Ao quarto mês a criança é capaz de apoiar nos cotovelos e a rolar. Ao nono mês ele senta-se sem apoio e consegue engatinhar e aos 12 meses ele já consegue andar. Dessa forma é que ocorre o aprendizado de como andar para uma criança. O grande problema do andador é que este corta muitas fases e a criança que não sabe engatinhar é colocada diretamente na fase de caminhar.
Os problemas inerentes ao andador infantil são: atraso no caminhar por saltar tantas fases de desenvolvimento, ocorre ainda uma sobrecarga na musculatura da perna, a criança não fica com o pé totalmente apoiado, andando sempre na ponta dos pés, além disto, a posição que o andador oferece pode gerar deformações no quadril da criança.
Outro grande problema é que pelo fato do andador dar a falsa sensação de segurança, os pais, muitas vezes, não ficam atentos aos pequenos e podem ocorrer acidentes que tem a capacidade de evoluir para problemas mais sérios. O que facilmente se constata é que crianças em andadores correm, tornando-a prato cheio para quinas de móveis, degraus e outros obstáculos na casa.
Antes de deixar a sua criança em um andador pense bem, lembrem-se que há pouco tempo as crianças eram criadas no chão, sem andador, caindo, levantando-se e voltando a caminhar, e mesmo assim cresceram saudáveis.

Por Alessandro Santos.
Postado originalmente em: Informe Cidade


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