quarta-feira, 6 de julho de 2011

Artrite Reumatóide


É uma poliartrite inflamatória com manifestações sistêmicas caracterizada por períodos de exacerbação e períodos de remissão. Atinge mais mulheres que homens (na proporção de 3:1).
Sua causa é desconhecida, porém com forte influência genética uma vez que até 10% dos portadores de AR relatam ter algum parente em primeiro grau que sofre da mesma afecção. Outras teorias incluem a possibilidade de infecção por um vírus, como o Epstein Barr, vírus ou toxinas relacionadas ao intestino, ou por microorganismos ainda não identificados. Além disto a AR parece ter um foco autoimune.
Como fisiopatologia pode-se destacar:
Alterações inflamatórias na membrana sinovial possivelmente após a invasão da sinóvia por um antígeno que provoca uma reação antígeno-anticorpo e ativa o complemento. Vasos sanguíneos sinoviais proliferam, dilatam-se e ficam congestionados, possivelmente provocando o aumento de glicosaminoglicano que causa alterações mucóide no tecido sinovial externo que causa vasculite e perivasculite.
A membrana sinovial hipertrófica e hiperlásica é infiltrada por células presentes em inflamações crônicas (macrófagos, linfócitos T e B e células plasmáticas) aumentando assim a sua área superficial.
As respostas inflamatórias crônicas que ocorrem após algum tempo são exsudação, destruição, proliferação e reparação. Existe multiplicação por divisão mitótica das células sinoviais, que normalmente formariam uma única camada celular, mas passam a ter a espessura de cinco ou sete células. Quando a inflamação persiste a sinóvia se dilata, formando vilosidades de tecido sinovial, que tendem a projetar-se nas superfícies articulares das margens articulares e sobre as extremidades ósseas. Essas projeções semelhantes a bastões de sinóvia inflamada e tecido de granulação são chamadas pannus. Esses pannus gradualmente corroem a cartilagem adjacente e o osso, provocando erosões e contribuindo para a destruição das articulações.
Sua condição é tipicamente descrita como poliartrite simétrica, classicamente iniciando-se na periferia e disseminando-se proximalmente. Em casos raros a afecção pode apresentar-se como doença sistêmica generalista ou manifestações extra-articulares.
As manifestações clínicas estão relacionadas aos sinais flogísticos de uma inflamação (dor, calor, rubor, edema e perda de função). Os primeiros sinais da doença ocorre nas articulações interfalângicas proximais (IFP) e metacarpofalângicas (MFC). As articulações cárpica, radiocárpica, e ulnarcárpica também são afetadas logo no início. No pé, as articulações correspondentes também são atacadas e há evidências de que as primeiras erosões são observadas nas articulações metatarsofalanginas.
Como sinais clínicos pode-se encontrar Dor, Sensibilidade, Edema, Calor, Eritema, Perda da função, Rigidez, Deformidades, Enfraquecimento Muscular e diminuição da ADM.

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